A história de um povo, certamente, é carregada de memórias ricas, que levam consigo valores incalculáveis, isso não é diferente da história da nossa biblioteca municipal, aqui, ela homenageia o grande historiador e farmacêutico-bioquímico Fernando Galvão de Pontes, natural de São José da Laje, tem inúmeras contribuições em sua terra natal, foi político, eleito vereador em três períodos legislativos, também lecionou no Ginásio São José e, além disso, fundou o curso Pedagógico e Técnico em Contabilidade. Assim, merecidamente, nossa biblioteca recebeu seu nome como referência.

Desde criança, colecionava livros, na verdade, era seu maior divertimento naquela época. Amante pela busca do conhecimento, dizia que “Quem para de aprender já é velho, pouco importa sua idade.”, em seu acervo pessoal, com muito zelo e cuidado, guardava mais de dois milheiros de títulos garimpados em lançamentos, alfarrábios e livrarias que visitou.

Assim como a história de Fernando Galvão de Pontes, a história da nossa biblioteca municipal é permeada de momentos desafiadores ao longo dos anos, mas, com muita resiliência e persistência, sua presença sempre esteve atuante em todos os momentos. Ela foi instalada na administração do prefeito Dr. Mário Guimarães da Costa, no dia 15 de novembro de 1938. Na época, o então prefeito doou parte de seus livros para o acervo de nossa biblioteca, além disso, recebemos muitos livros de seus amigos, contribuindo, mais ainda, com a formação do patrimônio cultural da sociedade lajense. Além dos livros, o acervo também era composto por vários quadros de artistas lajenses, no entanto todo esse material foi destruído pela enchente de 1941. Nessa época, a biblioteca não possuía prédio próprio, funcionava, então, na Sede da Prefeitura Municipal da cidade, especificamente no salão nobre.

Em 1950, na gestão do prefeito Antonio Ferreira de Oliveira, a biblioteca passou a ter um prédio próprio, localizado na rua do comércio da cidade. Infelizmente, com a enchente de 1969, grande parte de seu patrimônio e seu prédio foram parcialmente destruídos. Diante dessa trágica enchente, a biblioteca passou a funcionar no prédio pertencente à Secretaria Municipal da Educação, na Avenida da Saudade. Nosso acervo, nesse período, contava com 4841 livros.

Depois, na gestão do prefeito Bruno Rodrigo Valença de Araújo, especificamente no dia 23/12/2015, a biblioteca da cidade passou a, novamente, ter um lugar próprio, localizado, até os dias de hoje, no prédio da antiga estação ferroviária do município. Hoje, o governo do trabalho continua incentivando, mais ainda, a leitura e cuida da manutenção do espaço da nossa querida biblioteca.

Nossa atual coordenadora da Biblioteca Municipal Fernando Galvão de Pontes, Maria do Carmo Gomes Martins, mais conhecida como Dona Lili, destaca que “É admirável perceber que todas as gestões municipais, ao longo dos anos, cuidaram de forma tão zelosa da nossa biblioteca, isso, certamente, mostra que somos uma cidade que busca, sempre, privilegiar a importância da leitura e, também, se preocupa com a formação cultural e histórica do povo lajense. Sem dúvidas, estamos no caminho certo”, finaliza Dona Lili.

Salientamos, ainda, que a nossa biblioteca tem seu registro no Ministério da Educação e Cultura, Instituto Nacional do Livro na Divisão de Bibliotecas de Brasília, em 14 de janeiro de 1974. É importante, também, destacar que, na Fundação Biblioteca Nacional do Livro, o número de registro é 2741.

Diante da belíssima história da nossa biblioteca, talvez, nem consigamos mensurar o quanto somos agraciados com uma riqueza inestimável. Nossa biblioteca, em seu acervo atual, guarda obras riquíssimas, inclusive de autores lajenses. Assim, notamos que, ao longo dos anos, ela contribuiu e ainda contribui, significativamente, com a formação do povo lajense e de cidades vizinhas, assim como, também, com a construção de uma sociedade mais crítica e reflexiva e que, portanto, enxerga na leitura um mundo de diversas possibilidades.

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